“ E Deus os abençoou e lhes disse: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”
( Gênesis 1:28)
A paternidade é uma ideia irrevogável de Deus. O próprio Deus se agradou de tudo que criou (Gn 1:31). A figura do pai tem um simbolismo extraordinário porque foi criado a imagem do próprio Deus. O pecado entrou na semente humana, o padrão de perfeição foi quebrado; e todo projeto original de Deus para a humanidade foi prejudicado. A humanidade seguiu o seu curso não mais na forma original da criação. Deus não mudou sua ideia original sobre paternidade. Nenhuma Lei humana pode mudar esse princípio divino. Vejamos o porquê!
Paternidade, Princípio de Posteridade.
”....Sede fecundos, multiplicai-vos...”. Fecundidade faz parte do projeto original de Deus. O princípio da posteridade não mudou mesmo depois do pecado entrar na raça humana: a matéria volta ao pó e o espirito volta a Deus ( Ecl 12:7). O DNA original sofreu os danos do pecado ( Sl 51:5). Os filhos de Adão já nasceram debaixo de maldição, sujeitos as consequencia do pecado. O pai, Adão, já amargou o sofrimento de ver um de seus filhos assassinando o próprio irmão. O pai, ao gerar um filho, já deve pensar na posteridade de sua geração. Para o homem temente a Deus há promessas bíblicas para esta vida terrena, são descritivas nos Salmos 112, 127 e 128.
Paternidade, Princípio de Gestão
Gestão é um princípio universal já usado por Deus: "... enchei a terra e sujeitai-a...”. Numa linguagem contemporânia como se Deus estivesse dizendo ao homem Adão, algo assim: ‘ estou dando a você, aos seus filhos e aos filhos dos seus filhos, a responsabilidade de cuidar, multiplicar as riquezas da terra; prepare seus filhos a ser bons administradores de tudo que estou lhe entregando’. Em tese o pai é um gestor de pessoas: preparar o filho, a filha, para a vida. Paternidade é formar indivíduos que saibam gerenciar, multiplicar, preservar valores, impor disciplina e aperfeiçoar habilidades.
Reflita sobre isso: "Que você seja um garimpeiro de ouro nos solos da mente de seus filhos. E, ao garimpar, que você se transforme num inteligente educador. E, se educar, que não tenha medo de fracassar; e, se fracassar, que não tenha medo de chorar; e, se chorar, repense sua vida, mas não desista, dê sempre uma nova chance para si e para quem ama..."( Augusto Cury }. Confesso, que já fiz isso várias vezes; e, não desisto, de ser um pai gestor no modelo de Deus.
Paternidade, Princípio de Legado
Há uma corrida frenética dos pais modernos lutarem para deixar uma boa herança material aos filhos. Isso é muito bom, não o mais importante. O legado é o bem mais precioso que um pai pode deixar ao seu filho, a sua filha. Sobretudo, o Temor a Deus, valores eternos, fé cristã, família, cidadania responsável. São pilares que defendemos como prática de 'amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo'. Na cultura Hebraica o legado geracional era muito importante. Um marido que morresse, sem deixar filhos, o irmão mais velho casaria com a viúva. Assegurar o nome do irmão falecido ( relato Deuteronômio 25:5). Somos de cultura diferente, participamos de outro tipo de nação, povo adquirido, o legado da fé cristã é includente e geracional ( I Pedro 2:9)
Como já comentamos o pecado adulterou o plano original de Deus. A família foi a parte mais afetada desse plano, mas a paternidade continua indissolúvel. Deus reconstruiu o curso geracional com o chamado de Abraão. A sociedade decaída, a seu bel prazer, vem criando formas de modelo de família que afrontam o princípio de paternidade indissolúvel. Ninguém muda o DNA de um filho gerado, não importa se desejado ou não. O padrão do mundo cria formas paliativas e alternativas, na figura de padrasto, pai substituto, pai adotivo, pai afetivo, pai pensionista... (assim vai). O Estado, na intenção de dar ao indivíduo o direito de procriar ou não, facilita o aborto. Uma total afronta aos princípios da própria vida. A legalização do aborto é um retrocesso que premia a omissão da responsabilidade da paternidade; mesmo que venha custar a eliminação de um vida indefesa. Infelizmente, a maioria dos defensores desse tipo de genocíduo, vem de um histórico famíliar marcado por traumas na criação e de abusos sexuais. O princípio indissolúvel de paternidade tem como prioridade criar uma parede de proteção geracional para que esse tipo de crueldade não aconteça.
Paternidade, Princípio da bênção geracional
Como pai, estou sendo agraciado por Deus de ser pai de três filhos, que já me deram quatro netos e duas netas. Nessa altura da vida (72 anos) vejo o quanto é abençoador ser pai de gerações. Bênção indescritível. "Como flechas na mão do guerreiro, assim os filhos da mocidade" ( Sl. 127:4). Os pais são arqueiros para projetarem seus filhos para a vida.
Refletindo
"...Porém se vos parece mal servir ao Senhor , escolhei hoje, a quem sirvais;... eu e a minha casa serviremos ao Senhor" ( Josué 15:24).
Vivemos uma geração de pouco compromisso com Deus e com a família. Como homens cristãos precisamos assumir a coragem de Josué, tomar posição de seguir e servir ao Senhor. A paternidade responsável conduz os filhos a Deus.
"Falhar na educação dos filhos transforma reis em frágeis súditos,
generais em trôpegos aspirantes, empresários em fracassados
endinheirados, intelectuais em frustrados letrados. Filhos produzem
as maiores alegrias ou as maiores decepções para os pais"
Augusto Cury
Feliz dia dos pais!
Por amor a Cristo!




Nenhum comentário:
Postar um comentário