" Há caminhos que parece direito ao homem, mas o seu fim são caminhos de morte" ( Pv. 16:25 )
A vida é semelhante a um caminho que cruza por caminhos de outros, ou pelo nosso próprio caminho. Nesse zigue-zague da vida, vamos deixando pontos de referências que o tempo não apaga, vão se tornando registros importantes na nossa biografia de vida. Sonhos que foram realizados, não realizados e outros inacabados, retomados pelas gerações seguintes.
É
impossível fazer o mesmo percurso no caminho de outra pessoa. Mas é
possível cruzar os caminhos de nossos pais, avós, bisavós e etc. Deixaram marcas, pontos de referências positivas e negativas, que o tempo não apaga. Ao cruzarmos em um desses
pontos de referências, podem ocorrer
situações que nos levam a perguntar: É uma
coincidência ou destino?
Vamos
acompanhar a trajetória de vida de três gerações, são os patriarcas bíblicos do
passado - Abraão, Isaque e Jacó. Suas histórias de vida podem cruzar com a sua
própria história.
1º- ABRAÃO: Abrão e Sara,
experimentaram fome e se mudaram para o Egito. Gn.
12:11 “
Havia fome naquela terra, e desceu Abraão ao Egito, para peregrinar ali,
porquanto a fome era grande na terra”.
Anos depois, o seu neto Jacó e toda
a sua família, cruzaram o caminho do avô, foram para o Egito por causa de uma
grande fome onde moravam. Confira em Gn.
46/49.
O ponto de referência positiva que Jacó e sua
família encontraram no Egito, deixado pelo seus avós, foi obediência
e dependência a Deus. Abraão e Sara
foram pontos de referências, para as futuras gerações, por um período de 400 anos. Coincidência
ou providência divina?
Abraão
deixou outra referencia positiva, em
Gerar. Gênesis 26:15 “...
E todos os poços que os servos de seu pai tinham cavado nos dias de Abraão, seu pai, os Filisteus entulharam e encheram de terra”. Seu filho Isaque, ao cruzar o caminho do seu pai, encontrou uma historia de luta e a marca de um vencedor.
Veja
a história se repetindo na mesma cidade e nos mesmos poços cavados pelo seu pai
e estavam entulhados. ( VS. 17,18) “ Então, Isaque foi-se dali, e fez o seu assento no vale de
Gerar, e habitou lá. E tornou Isaque, e cavou os poços de água que cavaram nos
dias de Abraão, seu pai, e que os Filiteus taparam depois da morte de Abraão, e
chamou-os pelos mesmos nomes que os chamara seu pai). Abraão deixou uma referência positiva
importante que muito ânimo trouxe a seu filho Isaque: A marca do cuidado de Deus, mesmo vivendo em situações extremas.
2ª- ABRÃO: Também deixou referências negativas. Em peregrinação, por terras de Gerar, por medo usou do recurso da mentira. Gn. 20:1-21 “ Por medo mentiu que Sara era sua mulher”. Em peregrinação, pelo Egito, induziu Sara a
mentir, dizendo que ela era sua irmã. Gn. 12: 13 “ Dize: peço-te, que és minha irmã , para que me
vá bem por tua causa, e que viva a minha alma por amor de ti”. A mentira
é como uma droga, pode trazer
algum benefício imediato, mas as consequências futuras são trágicas. Tanto no Egito quanto em
Gerar, Abraão e Sara deixaram
pontos de referências moral, negativos
e irreparáveis. A história não se apaga.
Tempos depois, Isaque, o filho da promessa, cruza o caminho moral
do seu pai, na mesma cidade de peregrinação, em Gerar. Ao passar por situação semelhante,
deixou se contaminar, cometendo a mesma falha moral. Gn. 26: 7 “ ... e,
perguntou-lhe os varões daquele lugar acerca de sua mulher, disse: é minha
irmã; porque temia dizer: É minha mulher; para que porventura ( dizia ele)
não me matem os varões daquele lugar por
amor de Rebeca ; porque era formosa à
vista”.
Os
caminhos se cruzam na segunda e na terceira geração. Jacó
cruzando o caminho moral do seu pai e do seu avô. ( Gn 27:19) “ E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, teu
primogênito. Tenho feito como me disseste. Levanta-te agora, assenta-te e come
da minha caça, para que a tua alma me abençoe”. A marca
de um enganador. ( Gn. 25:30-34)- Comprou o direito de primogenitura de seu
irmão, Esaú, por um prato de
comida. Marca de um espertalhão.
Sucessivos episódios aconteceram na vida de Jacó nesta área de “enganar” e “espertalhão”. O seu sogro, Labão, enganou-lhe e usou de esperteza por vinte anos. A história se repete, os seus filhos cruzaram o caminho moral de seu pai, Jacó, venderam José e enganaram o seu pai inventando uma história que teria sido devorado por uma besta fera do campo ( Gn.37:27,28).
Coincidência ou realidade da vida?. Coincidência ou consequências ?
Caminhos que se cruzam: Alguns episódios de nossa própria vida:
Aos 17 anos (1967) sonhava
ser um cadete da Marinha. tentei
não tive êxito. Passados, 40 anos, nosso filho Evandro, cruza por esse caminho, servindo a Marinha,
como médico. Senti-me um cadete. 1971, sonhava passar na Faculdade de Direito de Presidente
Prudente, não fui aprovado. 35 anos
depois, nossa filha Carol ingressa na Faculdade de Medicina, naquela cidade.
Refletindo:
“... Não erreis: Deus não
se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (
Gálatas 6:7)
O
seu caminho é único, sua jornada é única,
mas os cruzamentos são
Inevitáveis. Portanto, procure deixar marcas relevantes pelo seu
caminho. Deixe sinais, onde as gerações seguintes, possam
ter como referências positivas. Não pense em coincidência, fique com o que a
Bíblia diz: “.... o que o homem semear, isso também
ceifará”. Plante boas sementes, para que a colheita seja boa e abençoada.
Por amor a Cristo!
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