“... Eu vou pelo caminho de toda a terra; esforça-te, pois, e sê homem” ( 1 Reis 2:2)
Quantos de nós, pais, olhamos nos olhos de um filho, e dizemos: “ esforça-te, e sê homem? ”. Como pai confesso que não é tarefa fácil falar de nosso papel de pais. Faço com tremor e temor na tentativa de ajudar os novos e futuros papais. Hoje depois dos três filhos casados e avô, muitas coisas tornam-se mais evidentes e claras que anos atrás. Não posso voltar no tempo, mais posso contribuir com minhas experiências e observações. Aprendi que a verdadeira sabedoria não está em tirar lições de nossos próprios erros mas aprender com os erros e acertos dos outros.
Sempre
é bom ressaltar que Deus criou o homem de uma forma muito singular, feito a
sua imagem e semelhança. Delegou ao homem muitas funções importantes, a
paternidade, é uma delas. As estatísticas tem apontado que esta função vem
apresentando uma acelerada decadência nos últimos anos. O século vinte e um aponta
uma crise paternal sem precedente. A legalização de união de pessoas do mesmo
sexo, é um caminho que a humanidade está escolhendo para dizimar a paternidade
da forma como Deus criou.
Refletindo sobre esta questão, vamos
considerar cinco “ Ps” que qualificam um homem na sua missão de pai:
1º “P “
- PATERNIDADE
“... Quanto a mim, eis que o meu concerto
contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações”
(Gn. 17:4)
A
paternidade é uma missão que deve ser exercida com extrema responsabilidade.
Tomando como exemplo o pai Abraão, que recebeu uma promessa de ser pai de
multidão de nações. No entanto, gerou Ismael de uma relação irresponsável com uma escrava, teve como consequências o surgimento
de muitas nações que se tornaram inimigas da
descendência do filho da promessa Isaque. (Gn. 17:4)
O
exemplo de Abraão não é um fato isolado.
A paternidade nos dias atuais vem perdendo o seu verdadeiro papel, de gerar
filhos abençoados com identidade e destino. Filhos que tenham uma identidade familiar estruturada
que cumpra um destino traçado por Deus.
Com isso, a sociedade deixa de
colher resultados para colher consequências, pagando uma conta muito alta pelo aumento da
delinquência e da desestrutura familiar.
Gerar
um filho não deve ser um ato inconsequênte de um momento de prazer sexual. Deve
ser um projeto de vida familiar, planejado e avaliado todos os custos e
responsabilidades.
2º “ P “
- PROVER
“... Prepara fora a tua obra, e apronta-a no
campo, e então edifica a tua casa”
( Pv.
24:27)
Segundo
o dicionário, Prover é: “ Tomar
providências acerca de; abastecer-se”, etc. . Uma função inerente do Homem. A
mulher, no papel de esposa e mãe, participa
nesse processo; sobre ela, recaem funções
específicas de maternidade e de esposa.
O
sentido de “prover” não é apenas o material. O pai tem a responsabilidade de
incutir valores, moral, social, física, psicológica e espiritual, nos
filhos. A mãe, por ter o extinto de
maternidade absolve com mais facilidades essas responsabilidades. O pai precisa
aprender a passar esse legado aos filhos.
3º “ P “ - PROTEGER
“
Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo
quanto tem” ( Lucas 11:21)
A
figura do valente é uma boa ilustração no papel de pai. Deus fez o homem forte e corajoso, não só
para lidar com atividades pesadas, mas para defender a sua casa e os seus
bens. Nenhum bem é mais importante que a
própria família.
O
pai deve ser o protetor do coração dos
filhos. Uma filha adolescente é uma presa fácil a ser desejada de
rapazes predadores e desqualificados. Um filho na adolescência deve ser protegido
das seduções mundanas e de decisões imaturas.
Proteger não é um ato de exercer autoridade autoritária, mas sim, dar escolhas com consequências.
4º - “ P
“ PROMOVER
“ Como flechas na mão do valente, assim
são os filhos da mocidade” ( Sal. 127:4)
Já
vimos que o pai é o valente da família. O salmo 127.4, está indicando uma outra
função inerente ao pai: de um
caçador que ensina o filho ser um
caçador. Em outras palavras, promover o
filho a ser um provedor. Provedor de sua futura família.
O
pai é o principal motivador e investidor na vida do filho. Quantos pais estão
sobrecarregados financeiramente, porque continuam carregando a responsabilidade
de arcar com os filhos, já casados. Entendemos que há situações que podem
acontecer, são exceções, não regras. Numa empresa familiar, as
responsabilidades e direitos são proporcionais as funções que cada membro exerce.
5º “ P “ -
PACIFICAR
“... E amava Isaque a Esaú, porque a caça
era de seu gosto; mas Rebeca amava a Jacó”
( Gn. 25:28 )
Pacificar
é combater todo tipo de ações que enaltecem qualidade de um e diminui a do outro. Pacificar não é tolerar falhas nem ser tolerante com o pecado. Corrigir
quando preciso, promover a paz e dar oportunidades para novos começos.
O
exemplo de Isaque foi desastroso. Ao preferir um dos filhos, abriu brechas no
relacionamento familiar, causando conflitos irreparáveis. Adão, outro exemplo: pai ausente no dia a dia de seus filhos, Caím e Abel. O que dizer de Davi? Não
tomou postura de pai, no episódio em que um dos filhos praticou um ato sexual
com a própria irmã. São exemplos de pais, que tiveram uma história manchada de
sangue, assassinatos entre irmãos,
abusos, traições. Não foram pais sábios não exerceram as bem aventuranças de pacificadores em suas famílias.
Refletindo:
Como
pais, sempre temos um novo recomeço. Pela
graça de Deus os meus erros de pai, não tiveram repercussões sérias na vida de
nossos filhos. Mas confesso que poderia
ter sido melhor, se cada um desses “ Ps”
fossem melhores aplicados .
Você
Pai! Qual dos “ Ps” você sente que
tem sido negligente? Onde você precisa melhorar? Busque ajuda, tenha um novo recomeço. Faça
parte de homens que buscam a excelência
no papel de pai. Amem!
Por amor a Cristo
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