que gerei entre algemas” (
Filemom v.10)
Discipulado não é um movimento, nem uma onda que vem e vai. É o retorno ao cristianismo primitivo, vivido e ensinado por Jesus. O amor é a principal marca do novo nascimento. Aquele que não ama não é nascido de Deus.
Um
dos registros bíblicos mais contundentes, que nos inspira o tema:
“ Discipulado - o amor é a principal marca”, a linda história de Paulo
para com o escravo e fugitivo Onésimo . Pelo
menos quatro marcas de amor genuíno sobressaltam na Epístola
de Paulo à Filemom.
1ª - Um amor genuíno gera filho espiritual mesmo
em circunstâncias desfavoráveis
“...
Mas o amor que tenho por você me obriga fazer esse pedido (...) Portanto,
eu lhe faço um pedido em favor de Onésimo, que é meu filho por estarmos unidos
com Cristo, pois, enquanto eu estava na
cadeia , tornei-me o pai espiritual dele” (9,10)
Que
demonstração de um amor genuíno esse de Paulo para com Onésimo! Em
circunstâncias tão desfavoráveis, algemado numa prisão, doente, com poucas forças
físicas, gerando um filho na fé em situação de um escravo fugitivo e de um grande amigo seu.
O
amor deve ser a principal marca do discípulo. Muitos filhos espirituais são
gerados em circunstâncias como a de Onésimo. Muitos pais espirituais geram
filhos em circunstâncias de grandes batalhas espirituais. Em circunstâncias desfavoráveis o
amor genuíno sobressalta, e filhos são
gerados para Deus.
2ª- Um amor genuíno gera filho espiritual com o coração do pai
“... Eu estou mandando Onésimo de volta
para você, e com ele vai o meu coração”
( v.12)
Um
filho espiritual gerado num ambiente de muito amor, acaba absolvendo para si, o amor do próprio pai. Jesus, o Filho de Deus, absolveu o amor do
Pai, enquanto Paulo,
absolveu o amor de Jesus, na
sequencia, Onésimo absolveu do seu pai espiritual Paulo. Esse é o padrão de
amor que vem de Deus. Esse deve ser o
papel de todo pai, gerar filhos com essa
marca de discipulado.
3ª- O amor genuíno assume o ônus da paternidade do filho que
gerou
“... Se ele deu algum prejuízo a você ou
lhe deve alguma coisa, ponha isso na minha conta” ( V. 18)
Esse
deve ser o padrão de uma paternidade responsável. Paulo ao gerar Onésimo seu
filho na fé, sabia do ônus que assumiria sobre ele. Um escravo fugitivo que
teria contas a prestar com o seu dono. O
Senhor Jesus veio buscar os perdidos, sarar os enfermos, dar liberdade aos cativos.
Isso tem um ônus para a igreja, para os pais espirituais. Esse deve ser o papel
de todo cristão, assumir o ônus da paternidade do filho que gerou para
Deus. Vamos prestar contas da nossa
mordomia cristã. Deus cobrará de cada um
de nós o desempenho da paternidade
cristã.
4ª- O amor genuíno promove o bem estar do filho gerado
“... Por isso, se você me considera seu
companheiro de trabalho, receba Onésimo de volta como se estivesse recebendo a
mim mesmo” (v.17)
A
paternidade responsável assume riscos. Paulo poderia ser acusado em proteger um
fora da lei. Não só correu esse risco, foi além colocando-se no lugar do seu
filho na fé. Correu o risco até de perder a amizade do seu amigo Filemom.
Esse deve ser o padrão de Deus para amar um filho gerado na fé: assumir riscos e se colocar no seu lugar, promover o seu bem estar e crescimento
espiritual.
Reflexão:
Quando
nos colocamos a serviço do Rei Jesus, e nos dispomos a viver um discipulado
marcado pelo amor genuíno, vamos escrevendo lindas histórias de vidas
transformadas que só o Evangelho pode
proporcionar. Reflita sobre essas quatro
marcas de um discipulado que faz diferença na vida das pessoas.
Por amor a Cristo!
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