“... São essas as ordenanças que o Senhor deu a Moisés a respeito
do relacionamento entre um homem e uma mulher, e entre um pai e sua filha moça
que ainda vive na casa do pai”( Numeros 30.16)
Deus
idealizou a família e cuidou de detalhes para protege-la de todo tipo de contaminação.
Esse cuidado de Deus responsabiliza o
homem para assumir o seu papel no casamento, e os pais, em proteger a integridade física, emocional,
intelectual e espiritual dos filhos, enquanto estiverem sob suas
responsabilidades.
O
fato é que as famílias vem se deteriorando a cada geração, pelo abandono desses mecanismos de proteção. O
que se vê, para uma parcela de pais, é a inabilidade em interagirem nas escolhas e decisões dos
filhos. Outra parcela de pais é a forma impositiva de interferir nas decisões importantes que os filhos precisam tomar na vida. Na verdade não é uma tarefa fácil de ser pais, sem a proteção divina torna-se impossível.
Deus
ao estabelecer mecanismos de proteção à família deu ao homem a responsabilidade
de guardião da família. Um desses
mecanismos é encontrado em Números cap.30, destinada ao povo Israelita ao
entrarem na terra de Canaã.
UMA
LEI ESPECÍFICA PARA A FAMÍLIA COM AS SEGUINTES ORDENANÇAS:
1ª. O HOMEM
NÃO PODERIA VIOLAR O SEU COMPROMISSO DO VOTO EMPENHADO
“... Quando um homem fizer um voto ao Senhor com obrigação, não violará a
sua palavra, segundo tudo que saiu de sua boca, fará” ( Nm.30.2)
Uma
ordenança de difícil aplicação numa sociedade que não tem
compromisso com os valores de Deus. Uma sociedade conhecida como machista, e uma decadente valorização no
papel do homem com a família por não assumirem suas responsabilidades. O valor
da palavra empenhada tem sido relativo, enquanto que para Deus é absoluto. Deus
estabeleceu na lei uma ordenança para o homem: voto feito, voto cumprido. O casamento é um dos votos mais sagrados e
solene que os homens Israelitas faziam diante
de Deus e dos homens. Deus não criou uma lei apenas para homens Israelitas, também,
a todos os homens comprometidos com os
valores de santidade, porque Deus é santo.
2ª. O VOTO INCONSEQUENTE DA FILHA PODERIA SER REVOGADO PELO PAI.
“....Quando uma moça
que ainda na casa de seu pai fizer um voto ao Senhor ou obrigar-se por um
compromisso e seu pai souber do voto ou compromisso, mas nada lhe disser então
todos os votos e cada um dos compromissos pelos quais se obrigou serão validos.
Mas, se o pai a proibir quando souber do voto, nenhum dos votos ou dos
compromissos pelos quais se obrigou será válido; o Senhor a livrará porque o
seu pai a proibiu” ( Num. 30.3-5)
No
texto fica claro o cuidado de Deus em
proteger uma filha adolescente que ainda não está madura para tomar
determinadas decisões. Como é importante a intervenção dos pais de forma sábia
na vida dos filhos. Um principio que
abrange filhos e filhas, enquanto estiverem na fase de crescimento físico,
emocional, intelectual e espiritual. A correção em amor, associada a uma
saudável comunicação relacional, uma eficiente educação, são recursos
indispensáveis na proteção dos filhos.
Se
esse mecanismo de proteção, dos pais as filhas, fosse aplicado em nossa
sociedade não teríamos gravidez indesejada, abortos e divórcios, numa escala assustadora.
3ª. O VOTO DA MULHER PODERIA SER REVOGADO PELO MARIDO.
“... Se uma mulher que vive com o seu marido fizer um voto ou obrigar-se
por juramento a um compromisso e o seu marido o souber, mas nada lhe disser e
não a proibir, então todos os votos ou compromissos pelos quais ela se obrigou
serão validos. Mas, se o seu marido os
anular quando deles souber, então nenhum dos votos ou compromissos que saíram
de seus lábios será valido. O seu marido os anulou, e o Senhor a livrará” ( Nm.
30.10-12)
Muitos
homens desconhecem o poder de proteção para com a sua mulher. Em consequencia disso muitas mulheres não submetem a esse poder de
proteção. O fato é que o caos familiar
se instalou em todas as camadas sociais. O homem abandonou o seu posto no
casamento e a família desintegrou-se de seus valores mais rudimentares. A lei
de Números capitulo 30, foi criada com efeito civil e espiritual. Não é demais
lembrar que o casamento é uma instituição civil e espiritual. A família é uma
instituição civil e espiritual. É tão explícita
essa verdade que Deus proibiu aos
Israelitas casarem-se com pessoas de outros povos para não ser contaminarem com as práticas dos deuses pagãos.
Embora
a Lei de Números 30 é bem posterior à Adão,
instruções semelhantes Adão
recebeu sobre o seu papel de marido. No nosso entendimento pessoal, se Adão
tivesse reprovado a conduta de Eva, mesmo após ter comido do fruto proibido, o desfecho
da historia poderia ter tomado outro rumo. O relato bíblico diz que Deus
cobrou de Adão a responsabilidade das
ações de sua mulher.
A omissão do homem no casamento tem levado muitas
mulheres a tomarem decisões que não tem trazido bons resultados no casamento. Por outro lado Deus não planejou que o marido tomasse todas
as decisões sozinho. A melhor receita é
a concordância nas decisões. É o andar juntos, sempre!
REFLETINDO:
Como
o mundo seria diferente se esses mecanismos de proteção a família fossem praticados! A cultura mundana valoriza o
individualismo e não o coletivo, a família dando lugar a ajuntamento de pessoas, os
valores morais e espirituais dando lugar as práticas sodomitas.
Deus não cobrará do mundo pagão essa prática,
mas cobrará da nação eleita, povo adquirido, seguidores de Jesus Cristo. O marido liderando em amor a sua família; a
esposa honrando o seu marido; os pais preservando a identidade dos filhos; e os
filhos, buscando ajuda dos pais aos tomarem decisões importantes.
Por amor a Cristo!
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