"... Há coisas consagradas a destruição no
meio de vocês, ó Israel . Vocês não
conseguirão resistir aos seus inimigos enquanto não as retirarem” ( Josué 7: 13.b
O
tema não é empolgante certamente não agradará a todos. O compromisso que
assumimos é fazer, do Blogger Meditações, um instrumento de edificação. O cristão que almeja crescimento deve aprofundar em temas relevantes mesmo não
sendo do seu cardápio preferido. Não me lembro de ter ouvido um sermão baseado
neste texto.
Entender
isso: “ O Que Deus Consagrou Não Se Apropria Se Destina”, fará toda
diferença na prática da mordomia Bíblica. Deus estabeleceu para o povo
Hebreu, rituais de consagração para celebrações,
expiação de pecados, tudo detalhado nos primeiros capítulos de Levítico. Não vamos nos ater a esses rituais,
considerando que o sacrifício de Jesus
Cristo, na cruz, foi cabalmente expiado
por nós. Entretanto, vamos destacar três tipos de consagração que
não foram abolidas, não se deve apropriá-las:
1ª. TUDO
AQUILO QUE DEUS CONSAGROU PARA DESTRUIÇÃO
“... A cidade com tudo o que nela existe,
será consagrada ao Senhor para destruição”
(
Josué 6:17.a)
O
texto em referencia trata-se da primeira conquista, a de Jericó, pelo povo Hebreu. A ordem de Deus era
consagrar tudo a destruição. Um dos soldados Hebreu, Acã, não levou a serio essa ordem divina;
apropriou-se de alguns objetos, e houve uma grande derrota no exército Hebreu.
Saul,
o primeiro rei de Israel, desobedeceu a ordem divina; se apropriou do que havia
do melhor do rebanho, consagrado a destruição; custou-lhe o seu reinado.
Para
o cristão, o que seria apropriar-se daquilo que Deus consagrou a
destruição? Vamos dar alguns exemplos
práticos: todo lucro gerado por sonegação, com peso enganoso, de forma
fraudulenta e facilitada, juros gananciosos, tudo, está consagrado à
destruição. Quem se apropriar desses subterfúgios pesará a mão de Deus.
O
que está acontecendo no Brasil nesses últimos anos é o juízo de Deus tanto para
quem praticou os delitos como para quem se beneficiou deles. O Brasil é um país
tão pujante como a terra prometida. Um povo laborioso. Entretanto, o estado de
miséria em muitas regiões do país, as carências nas áreas da saúde, educação e
segurança, boa parte disso, é juízo de Deus, por apropriar-se daquilo que é
consagrado a destruição. Os inocentes, os honestos, os cumpridores dos seus deveres, acabam penalizados.
Voltando ao exemplo de Acã, muitos soldados fiéis perderam a vida pelo
pecado de apenas um. Na família, quando um filho apropria-se de drogas, toda
família sofre. Apropriou-se daquilo que é consagrado a destruição e não pode ser
consumido.
Igrejas
Evangélicas que se beneficiam de doações de políticos, de origem duvidosa, ou
produto de propina, está se apropriando de algo que Deus consagrou para destruição. Mesmo que o argumento é baseado na “forma da lei” doações legais. Infelizmente, muitas leis foram elaboradas
para acobertar esse tipo de práticas delituosas. Crentes que dizimam e ofertam
em suas igrejas, fruto de rendas duvidosas ou desonestas, estão colocando a sua
igreja sob julgamento de Deus. Os apóstolos, conduzidos pelo Espírito Santo,
agiram rapidamente no episódio de Ananias e Safira. Deus não precisa de
absolutamente nada que Ele não consagrou
para Sua Obra.
2. TUDO AQUILO QUE DEUS CONSAGROU PARA O GOVERNO
"... Por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Deem a cada um o que é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra" ( Rom 13:6,7).
O
cidadão não paga imposto, devolve a parte que é consagrado ao poder
publico. É um dever de cidadania.
Apropriar-se daquilo que pertence ao Governo é apropriação indébita, sonegação.
Quando o povo de Israel exigiu um rei, à semelhança das outras nações ( 1
Sm.4,5,6), Deus atendeu o pedido impondo-lhes pesadas consequências: “ O
rei que reinará sobre vocês reivindicará
como seu direito o seguinte: ele tomará os filhos de vocês para servi-lo em
seus carros de guerra e em sua cavalaria. Fará arar as terras dele. Tomará de
vocês o melhor das plantações, das vinhas e dos olivais e o dará aos criados deles. Tomará um décimo
dos cereais e das colheitas das uvas...” ( 1 Sm. 8: 10-18).
No
tempo em que o Senhor Jesus viveu na Palestina, o povo Judeu encontrava-se
dominado pelo governo de Roma. Pesados impostos eram destinados ao Imperador.
Quando muitos Judeus pensavam que o Senhor Jesus iria libertá-los do jugo de
Roma, foram surpreendidos com a resposta do Senhor quando questionado sobre os
impostos: “Deem a Cesar o que é de
Cesar”
Mc.12:13-17).
Mc.12:13-17).
Deus
não mudou. O princípio não mudou. Não importa a forma de governo, as práticas
de cobrança dos impostos, o que vale para Deus que aquilo que foi consagrado ao
poder público não deve ser apropriado. A
comunidade deixa de receber os benefícios, mesmo sob o argumento da falta de
credibilidade dos gestores públicos. O que é retido, para auferir lucros
desonestos, entrará na contabilidade do julgamento de Deus.
3. TUDO AQUILO QUE DEUS CONSAGROU
PARA SER APLICADO NO SEU REINO NÃO SE DEVE APROPRIAR
"... Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? Da mesma forma, o Senhor ordenou aqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho" ( I Co 8:13,14).
Essa é a melhor parte para se comentar. É prazeroso
discorrer sobre o tema “Tudo aquilo que Deus consagrou para ser aplicado no seu
Reino não se deve apropriar”. Ao mesmo tempo que é prazeroso é desafiador.
Quando o Senhor respondeu: “Dai a Deus o que é de Deus” ( Mc. 12:17), então,
tudo é de Deus, por Ele e para Ele ( I Co 3:22,23).
A Lei da Nova Aliança é superior a Lei da Antiga
Aliança. O crente é consagrado à Deus. A
participação do crente na sua comunidade é
importante. Por isso, o crente é chamado de mordomo de Deus. Cabe-lhe, administrar com sabedoria o que Deus lhe confiou. Separando o que é do
governo, o que é de Deus e multiplicar os recursos disponíveis, para gerar mais
recursos para sociedade e para o Reino de Deus. Quando o crente apropria-se
daquilo que é de Deus, as portas dos céus se fecham sobre sua vida ( Ml.3: 10). Abre portas para o devorador. Como por
exemplo os exorbitantes juros, as dívidas impagáveis, ser escravo de Mamom.
REFLEXÃO:
“O Senhor disse a Josué: “Levante-se! Por que você fica ai
prostrado? Israel pecou. Violou a aliança que eu lhe ordenei. Apossou-se de
coisas consagradas, roubou-as e as colocou junto de seus bens. Por isso os
israelitas não conseguem resistir aos inimigos”
( Josué 7:10-12).
Não
é tarefa fácil reconhecer que em algum
momento da nossa vida nos apropriamos de
algo que estava consagrado, ou a
destruição, ou ao governo, ou a Deus. É
provável que estamos colhendo alguns reveses por conta desses pecados; mesmo
que sejam praticados pelos nossos predecessores. Nem a geração presente, nem a futura, deve
pagar por isso. A ordem dada para Josué, continua valendo: “Levante-se! Por que fica aí prostrado?”. “santifique-se para amanhã”. Seja o Josué de sua família!
Por amor a Cristo!
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