sábado, 30 de janeiro de 2016

O QUE DEUS CONSAGROU NÃO SE APROPRIA SE DESTINA!

                                           

"... Há coisas consagradas a destruição no meio de vocês, ó Israel . Vocês   não conseguirão resistir aos seus inimigos enquanto não as retirarem” ( Josué 7: 13.b 



O tema não é empolgante certamente não agradará a todos. O compromisso que assumimos é fazer, do Blogger Meditações, um instrumento de edificação. O cristão que almeja crescimento  deve aprofundar em temas relevantes mesmo não sendo do seu cardápio preferido. Não me lembro de ter ouvido um sermão baseado neste texto.
Entender isso:  “ O Que Deus Consagrou Não Se Apropria Se Destina”, fará toda diferença na prática da mordomia Bíblica. Deus estabeleceu para o povo Hebreu,  rituais de consagração para celebrações, expiação de pecados, tudo detalhado nos primeiros capítulos de Levítico.  Não vamos nos ater a esses rituais, considerando que  o sacrifício de Jesus Cristo, na cruz,  foi cabalmente expiado por nós.  Entretanto,  vamos destacar três tipos de consagração que não foram abolidas, não se deve apropriá-las:


1ª.  TUDO AQUILO QUE DEUS CONSAGROU PARA DESTRUIÇÃO 

“... A cidade com tudo o que nela existe, será consagrada ao Senhor para destruição”
 ( Josué 6:17.a)
O texto em referencia trata-se da primeira conquista, a de Jericó,  pelo povo Hebreu. A ordem de Deus era consagrar tudo a destruição. Um dos soldados Hebreu, Acã,  não levou a serio essa ordem divina; apropriou-se de alguns objetos, e houve uma grande derrota no exército Hebreu.
Saul, o primeiro rei de Israel, desobedeceu a ordem divina; se apropriou do que havia do melhor do rebanho, consagrado a destruição; custou-lhe o seu reinado.

Para o cristão, o que seria apropriar-se daquilo que Deus consagrou a destruição?  Vamos dar alguns exemplos práticos: todo lucro gerado por sonegação, com peso enganoso, de forma fraudulenta e facilitada, juros gananciosos, tudo, está consagrado à destruição. Quem se apropriar desses subterfúgios  pesará a mão de Deus.

O que está acontecendo no Brasil nesses últimos anos é o juízo de Deus tanto para quem praticou os delitos como para quem se beneficiou deles. O Brasil é um país tão pujante como a terra prometida. Um povo laborioso. Entretanto, o estado de miséria em muitas regiões do país, as carências nas áreas da saúde, educação e segurança, boa parte disso, é juízo de Deus, por apropriar-se daquilo que é consagrado a destruição. Os inocentes, os honestos, os  cumpridores dos seus deveres, acabam penalizados. Voltando ao exemplo de Acã, muitos soldados fiéis perderam a vida pelo pecado de apenas um. Na família, quando um filho apropria-se de drogas, toda família sofre. Apropriou-se daquilo que é consagrado a destruição e não pode ser consumido.

Igrejas Evangélicas que se beneficiam de doações de políticos, de origem duvidosa, ou produto de propina, está se apropriando de algo que Deus consagrou para  destruição. Mesmo que o argumento é baseado na “forma da lei” doações legais. Infelizmente, muitas  leis foram elaboradas para acobertar esse tipo de práticas delituosas. Crentes que dizimam e ofertam em suas igrejas, fruto de rendas duvidosas ou desonestas, estão colocando a sua igreja sob julgamento de Deus. Os apóstolos, conduzidos pelo Espírito Santo, agiram rapidamente no episódio de Ananias e Safira. Deus não precisa de absolutamente nada  que Ele não consagrou para Sua Obra.

2. TUDO AQUILO QUE DEUS  CONSAGROU PARA  O GOVERNO
 "... Por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas  a esse trabalho. Deem a cada um o que é devido: se imposto,  imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra"  ( Rom 13:6,7).

O cidadão não paga imposto, devolve a parte que é consagrado ao poder publico.  É um dever de cidadania. Apropriar-se daquilo que pertence ao Governo é apropriação indébita, sonegação. Quando o povo de Israel exigiu um rei, à semelhança das outras nações ( 1 Sm.4,5,6), Deus atendeu o pedido impondo-lhes pesadas consequências: “ O rei  que reinará sobre vocês reivindicará como seu direito o seguinte: ele tomará os filhos de vocês para servi-lo em seus carros de guerra e em sua cavalaria. Fará arar as terras dele. Tomará de vocês o melhor das plantações, das vinhas e dos olivais  e o dará aos criados deles. Tomará um décimo dos cereais e das colheitas das uvas...” ( 1 Sm. 8: 10-18).
No tempo em que o Senhor Jesus viveu na Palestina, o povo Judeu encontrava-se dominado pelo governo de Roma. Pesados impostos eram destinados ao Imperador. Quando muitos Judeus pensavam que o Senhor Jesus iria libertá-los do jugo de Roma, foram surpreendidos com a resposta do Senhor quando questionado sobre os impostos: “Deem a Cesar o que é de Cesar” 
 Mc.12:13-17).

Deus não mudou. O princípio não mudou. Não importa a forma de governo, as práticas de cobrança dos impostos, o que vale para Deus que aquilo que foi consagrado ao poder público  não deve ser apropriado. A comunidade deixa de receber os benefícios, mesmo sob o argumento da falta de credibilidade dos gestores públicos. O que é retido, para auferir lucros desonestos, entrará na contabilidade do julgamento de Deus.

3. TUDO AQUILO QUE DEUS CONSAGROU PARA SER APLICADO NO SEU REINO NÃO  SE DEVE APROPRIAR
"... Vocês não sabem que aqueles que trabalham no templo alimentam-se das coisas do templo, e que os que servem diante do altar participam do que é oferecido no altar? Da mesma forma, o Senhor ordenou aqueles que pregam o evangelho, que vivam do evangelho" ( I Co 8:13,14).    
Essa é a melhor parte para se comentar. É prazeroso discorrer sobre o tema “Tudo aquilo que Deus consagrou para ser aplicado no seu Reino não se deve apropriar”. Ao mesmo tempo que é prazeroso é desafiador. Quando o Senhor respondeu: “Dai a Deus o que é de Deus” ( Mc. 12:17), então, tudo é de Deus, por Ele e para Ele ( I Co 3:22,23).
A Lei da Nova Aliança é superior a Lei da Antiga Aliança. O crente é consagrado à Deus.  A participação do crente na sua comunidade é  importante. Por isso, o crente é chamado de mordomo de Deus. Cabe-lhe,  administrar com sabedoria o que Deus lhe confiou. Separando o que é do governo, o que é de Deus e multiplicar os recursos disponíveis, para gerar mais recursos para sociedade e para o Reino de Deus. Quando o crente apropria-se daquilo que é de Deus, as portas dos céus se fecham sobre sua vida ( Ml.3: 10).  Abre portas para o devorador. Como por exemplo os exorbitantes juros, as dívidas impagáveis,  ser escravo de Mamom.


REFLEXÃO:


“O Senhor disse a Josué: “Levante-se! Por que você fica ai prostrado? Israel pecou. Violou a aliança que eu lhe ordenei. Apossou-se de coisas consagradas, roubou-as e as colocou junto de seus bens. Por isso os israelitas não conseguem resistir aos inimigos”  ( Josué  7:10-12).

Não é tarefa fácil reconhecer  que em algum momento da nossa vida nos  apropriamos de algo que estava consagrado,  ou a destruição, ou ao governo, ou a Deus.  É provável que estamos colhendo alguns reveses por conta desses pecados; mesmo que sejam praticados pelos nossos predecessores.  Nem a geração presente, nem a futura, deve pagar por isso. A ordem dada para Josué, continua valendo: “Levante-se! Por que fica aí prostrado?”.  santifique-se para amanhã”. Seja o Josué de sua família!

Por amor a Cristo!  


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