A
soberania de Deus independe de alianças. Depois da queda dos pais Adão e Eva, Deus tem se relacionado com o homem através de
alianças. Destacaremos duas alianças importantes que marcaram a história da
humanidade: Antiga Aliança com Abraão e sua descendência e a Nova Aliança, através do Seu Filho Jesus
Cristo relacionando-se com a Igreja.
A
partir da queda dos pais Adão e Eva o pecado tem sido o principal obstáculo
para manter um relacionamento sem ruptura com o Deus da Aliança. As mesmas
batalhas que o povo da Antiga Aliança enfrentou o povo da nova Aliança também enfrenta. As murmurações e reclamações, infidelidade aos mandamentos de Deus,
esquecimento dos milagres e favores de Deus, a ganância, a desonra, são
pecados que se perpetuaram ao longo das gerações.
O povo da Antiga Aliança ao entrar na terra de Canaã, recebeu
instruções detalhadas como tratar o pecado dos seus lideres e do povo em geral. Boa
parte dos Livros de Levítico, de Números
e Deuteronômio, trazem um conjunto de leis e rituais para expiação dos pecados. Aliança com Deus dependia do povo Hebreu não se contaminar com os demais povos.
Deus não se relaciona com um povo mergulhado no pecado da idolatria.
Os eleitos da Nova Aliança, para entrar na Canaã Celestial,
receberam instruções detalhadas no sermão do monte, proferidas pelo Senhor
Jesus, Mateus Cps. 5 a 7. São normas descritivas para o cristão viver um padrão
de santidade. As Epístolas Apostólicas normatizam com clareza tudo que o Senhor Jesus
ensinou para praticas de boas obras e do testemunho autêntico da fé cristã.
O que mudou e o que não mudou da Antiga
e da Nova Aliança?
. A Soberania e Santidade de Deus.
A
principal mensagem, de Levítico, é exaltar a soberania e a santidade de Deus. ”Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santo
sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus,
sou santo”( Lev 19:2).
O mesmo
chamado à santidade permeia em todo Novo Testamento. “... mas como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em
toda a vossa maneira de viver, porquanto está escrito: Sede santos, porque eu
sou santo” ( I Pe 1:15,16). Nenhum individuo, em qualquer época de sua
existência verá a Deus a não ser pelo
caminho da santidade.
. O Pecado e as Suas Consequências
O
pecado é um ato de transgressão à santidade de Deus. O Diabo foi expulso, dos
céus, pelo pecado da rebelião. Adão e Eva foram expulsos, do Éden, pelo pecado
da desobediência. A natureza humana é
pecaminosa, não importa se a pessoa é de
boa ou de má índole. As leis e os rituais da Antiga Aliança foram abolidos, na cruz de Cristo. Mas entenda, o pecado não são leis nem um ritual. É um
ato de transgressão, não foi abolido na cruz. A cruz representa expiação do pecado e não absolvição. Ninguém que nasceu ou nascerá após a morte e
ressurreição de Jesus nasce sem pecado. Todos continuamos pecando e carecemos de
confissão e arrependimento e do perdão de Deus, em Cristo Jesus. Os dois ladrões crucificados lado a lado com Jesus, um recebeu a expiação o outro não. Um entendeu o amor e a expiação de Cristo em seu favor o outro não.
. O Amor e as Misericórdias de Deus.
Não
precisa de muitas linhas para afirmar esses atributos de Deus.
Você e eu somos agraciados, dia após
dia, do amor e da misericórdia de Deus. É um Deus de amor por essência. Desde a queda de Adão e Eva, e até o fim das
gerações, o Seu amor e Sua misericórdia jamais cessará. O Deus que tirou o povo
Hebreu de um cativeiro de 430 anos, é o mesmo Deus que expiou o Seu único
filho, Jesus Cristo, para nos libertar do cativeiro do pecado.
O QUE MUDOU?
. A forma do pecador expiar o seu pecado.
No
contexto das escrituras, “expiar”
significa sofrer a penalidade por um ato pecaminoso; removendo, assim, do
pecador arrependido os efeitos do pecado e permitindo-lhe reconciliar-se com
Deus. Para o povo da Antiga Aliança havia leis e rituais para cada tipo de
transgressão. Animais eram sacrificados no lugar do transgressor para espiar o
pecado (Lev 6.30). Cada indivíduo se apresentava ao sacerdote, com o animal especificado na lei, para ser expiado em seu
lugar.
Na
Nova Aliança, a prática dessas Leis e rituais foi abolida. O Senhor Jesus se
colocou no lugar do pecador, como expiação dos seus pecados. Cabe ao pecador
exercitar essa ordem bíblica: “Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados
e nos purificar de toda injustiça” ( I Jo 1:9 ). Precedido de um genuíno arrependimento, uma
genuína confissão e o abandono dos pecados, esse receberá o
perdão, do Pai, e desfrutará da completa comunhão. Se o Senhor Jesus, se expôs publicamente a mais infame
humilhação pelo pecador, seria demais
que um pecador confesse publicamente o seu pecado, arrependendo-se e humilhando-se?
Para
consolidar o processo de restauração e cura, pecados cometidos entre pessoas devem
ser confessados e perdoados; assim, se restabelecerá a comunhão e trará saúde ao
Corpo de Cristo.
“ Confessai as vossas
culpas uns aos outros e orai uns pelos outros para sareis; a oração feita por
um junto pode muito em seus efeitos”( Tiago 5:16). Paulo trata com muita
ênfase em, I Co 11: 17-34. Texto usado
na liturgia da ceia do Senhor. Onde houver um ofendido e um ofensor essa
prática deve ser prontamente exercitada.
. A Liturgia nas Celebrações Cultos e Eventos.
A
liturgia é a forma como deve celebrar ao Senhor. Na Antiga Aliança havia todo
um processual a ser seguido. Os sacerdotes obedeciam, à risca, suas funções.
Qualquer deslize, na função, eram punidos. Os dois filhos de Arão, Nadabe e
Abiú, ofereceram fogo estranho, sofreram mortes instantânea. Os filhos dos
sacerdote Eli tiveram o mesmo destino.
As liturgias, na nova Aliança, não seguem esse
mesmo ritual. A Adoração a Deus deixou de ser uma liturgia exterior, mas
interior, vinda de um coração contrito e santificado a Deus. As liturgias, congregacionais, precisam
acontecer num ambiente de unção e direção completa do Espirito Santo. Tudo que
envolve o ambiente da liturgia é consagrado a Deus. Um instrumento, um
microfone, ou outro qualquer objeto de culto,
não devem servir a Deus e atividades não cultuais.
Precisa
haver uma vigilância espiritual permanente para não permitir “fogo estranho”
nas celebrações a Deus. Com muita
tristeza muitos levitas, incluídos pastores e lideres, abandonam seus postos e retornam para o mundo. Levitas abaixando as suas
guardas, subestimando o inimigo e sendo vencidos. Levitas e pastores trazendo “fogo
estranho” tendo o seu ministério encurtado
pelo próprio Deus. Não “caem em si", saem atirando com argumentos que estão sendo perseguidos.
A
liturgia da consagração a Deus, dos dízimos e ofertas, mudaram na sua forma, mas não mudou a
seriedade do ato. Ananias e Safira no momento em que ofertavam, foram punidos
com mortes ao praticarem uma mentira ao Espírito Santo. O Senhor Jesus advertiu sobre
isso em Mateus 5:24, diz: “ deixa ali a
tua oferta e vai reconciliar-te primeiro
com o teu irmão...”. Deus não
se alegra da oferta em si; mas se alegra
da oferta de um coração agradecido.
REFLETINDO:
Para
concluir essa reflexão, deixamos em aberto para você continuar ampliando essa
lista, do que mudou e do que não mudou. Não podemos deixar de acrescentar uma
lei, que não foi abolida na sua essência: “a
lei do sacrifício pacífico”. ( Lev.7:11-13). Uma lei que tem como proposito: oferta de
ação de graça, voto e oferta voluntária. Se você deseja agradar o coração de
Deus, jamais deixe de praticar essas três ações em sua vida. A generosidade é um dom especial que promove
a paz, o amor e a igualdade entre todos. Amem!
Por amor a Cristo!
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