sexta-feira, 9 de novembro de 2018

RELACIONAMENTO - PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE!

Relacionamentos seguramente é um dos grandes desafios na convivência humana. A figura acima define  bem esta questão e aponta uma combinação de fatores - comunicação + diferenças + perdão + compromisso = Relacionamento Saudável. O fator ambiente é outro quesito importante para desenvolver relacionamentos. A Igreja cristã deve ser o melhor ambiente para  relacionamentos interpessoais. Infelizmente essa qualidade de ambiente tem deixado muito a desejar. A Bíblia é o manual de instruções completo de como se relacionar no Corpo de Cristo. O princípio "uns aos outros" é ponto chave para considerarmos cinco ações da reciprocidade:

-  Ninguém Vive Para Si Mesmo.
É a Palavra de Deus, que diz:  " Porque nenhum de nós vive exclusivamente para si, e nenhum de nós morre apenas para si mesmo" ( Rm, 14:7) . Deus ao criar o primeiro homem, disse: " não é bom é bom que o homem viva só, far-lhe-ei um companheira...". Desenvolver companheirismo é uma ideia de Deus. Quem anda sozinho anda mais rápido, mas quem divide a caminhada vai mais longe. Cada indivíduo possui  pontos fortes e pontos fracos. Uma peculiaridade genética positiva onde ponto forte de um completa o ponto fraco do outro. Essa peculiaridade genética se acentua de forma intencional da parte do Criador  quando se trata de homem e mulher


2- Saber Conviver Com os  Diferentes e com as Diferenças.
"Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus  e honrem o rei" (1 Pe, 2:17). Esse é o padrão para relacionar com os diferentes e lidar com as diferenças. O crente não nasceu de novo para ser diferente na forma, sim, no exemplo: isso fará toda diferença. Em certa ocasião o Senhor Jesus repreendeu o comportamento dos discípulos: "Contudo, o povo daquela aldeia não o recebeu por notar que Ele estava prioritariamente a caminho de Jerusalém. Diante de tal situação, os discípulos Tiago e João, propuseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para que sejam aniquilados?” Mas Jesus, mirando-os, admoestou-lhes severamente: “Não sabeis vós de que espécie de espírito sois? …" ( Lucas 9:53-55). Após esse evento,  o Senhor Jesus passando por terras, de  Sicar, teve um encontro ocasional  com a mulher samaritana, na fonte de Jacó.  No diálogo que teve com essa mulher  mudou a  história de  sua vida e de  muitos samaritanos ( João 4:1-18). O padrão de Jesus, para relacionamentos, está firmado no princípio de uma perspectiva de  eternidade e não temporal. 

3- Corrigir Desvios de Comportamentos Negativos.
Nem mesmo na convivência congregacional estamos imunes de conflitos relacionais. A liderança da Igreja em Filipos foi orientada pelo apostolo Paulo para intervir numa situação relacional entre duas irmãs lideres da igreja em Filipos. Rogo a Evodia e rogo a Síntique que pensem concordemente no Senhor…” (Filipenses 4:2). É normal que haja situações pontuais de discordâncias de pontos de vistas diferentes. Infelizmente há situações mais agudas comportamentais. Por conta de situações  guardadas no coração de eventos do passado, não tratados. Os desvios comportamentais na igreja, na família e no ambiente de trabalho, precisam ser tratados com requintes de um  amor que vem de Deus. O amor narrado, em I Co 13:4-8, assim:  " o amor é paciente, é benigno, não é ciumento, não ensoberbece,   não conduz inconvenientemente, não procura seus interesse (...)"

4- Desenvolver Ações Para Edificação Mútua.
O ministério do Espírito Santo dotar os crentes com dons espirituais para edificação mutua. Cada membro deve passar pelo caminho do aperfeiçoamento para desempenhar o seu chamado com excelência. Paulo instrui a Igreja em Efesos  não ignorar os dons espirituais e a responsabiliza a desenvolver o crescimento de seus membros: "... com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho dos seus serviço, para edificação do Corpo de Cristo, até que cheguemos a unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo"" ( Ef. 4:12,13).  Somos capacitados para sermos necessários à vida de outras pessoas. A habilidade espiritual de um supre a necessidade espiritual do outro. É o princípio da reciprocidade em operação no Corpo de Cristo. 

5- Desenvolver Ações de Serviços.
Mesmo antes de pecar Deus delegou  ao homem serviços: "Tomou, pois, o Senhor Deus  ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e cuidar"( Gn. 2:15).  Para todo tipo de serviço há sempre regras estabelecidas. Deus deu ordens para Adão cultivar e guardar todo o jardim, mas não  apropriar, para si, de tudo que cultivada e cuidava (Gn.2:16). A Bíblia diz: 'que nosso coração é enganoso e corrupto'. Somos, a todo instante, tentados a apropriarmos de algo  que nos foi apenas delegado: cultivar e cuidar. O enriquecimento ilícito é comer do fruto proibido. O adultério é comer do fruto proibido. A história de José, no Egito, retrata um exemplo de um homem que recebeu delegação de serviços, foi fortemente tentado, não comeu do fruto proibido, sofreu injustas consequências. Teve um final abençoado. A história da humanidade está marcada por atos de corrupção epidêmicas, por quebrar esse princípio bíblico: "... da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no deia em que dela comeres, certamente morrerás" ( 2:16).  A morte moral, ética, espiritual e relacional, tem uma causa: comer do fruto proibido. A Igreja de Jesus Cristo perde a sua essência, deixa de crescer, por conta da quebra desse princípio.
Refletindo:
Constrange-me profundamente o exemplo de um cristão chamado Epafrodito, membro da igreja em  Filipos. Conheça a história desse cristão ( Filipenses cp. 2). É de Paulo essas palavras ao referir-se a ele: "por causa da obra de Cristo, chegou ele às portas da morte e se dispôs a dar a própria vida, para suprir a vossa carência de socorro para comigo"( Fp. 2:29,30). Cada cristão pode fazer a diferença em sua Igreja, na sua família, no trabalho, nos relacionamentos interpessoais. Relacionamentos é princípio de vida que começa a partir de si mesmo. Amem! 
Por amor a Cristo!

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