“²Irai-vos, e não pequeis; não se coloque o sol sobre a sua ira” Efésios 4:26
O assunto ira é muito delicado não deve ser ignorado faz parte de nossas emoções; precisamos entende-la e como lidar com responsabilidade e sabedoria. Venho lidando com a ira desde criança, sempre considerando que se trata de uma legítima defesa dos meus direitos e valores. Coordenamos o Seminário 'Vencendo a Ira', promovido pela Universidade da Família; ao ser ministrado nesse seminário pude entender algumas raizes que davam brechas para a explosão da ira.
Aprofundando um pouco mais sobre a origem da ira, compartilho conceitos esclarecedores extraídos do Livro 'Introdução à Restauração da Alma', autor David Kornfield. Recomendo a leitura desse livro.
A ira pode ser definida como “Sentimento de raiva extrema ou cólera contra alguém ou algo; fúria, indignação:...”. Segundo o autor Davi Kornfiel a ira é um desejo ardente de corrigir, atacar ou destruir algo (ou alguém) que nos incomoda ou nos ameaça. O autor menciona três momentos quando há o gatilho da ira: 1) Quando somos lesados por uma injustiça; 2) Tomados por uma grande carga de estresse, o que nos tornam mais vulneráveis emocionalmente; 3) Quando toca em feridas não tratadas do passado.
Existem duas fontes da ira: A primeira fonte ela é saudável. O gatilho é acionado quando há quebra do princípio universal de justiça, quando há uma afronta ao caráter, santidade e soberania de Deus. Todo cristão consciente se levanta em defesa da sua fé. A segunda fonte quando há uma ameaça atingindo o ego, algo do tipo um comentário maldoso, uma atitude indevida ou uma ação intencional provocativa. Em sua própria defesa o ego reage até de forma inconsciente age com justiça própria. Tive que lidar com isso. Essa prática, se não tratada, se repetirá todas as vezes que acionar esses gatilhos. Isso se torna uma idolatria do ego: substitui a justiça de Deus.
Quando a ira não é tratada na raíz torna-se uma hospedeira no coração criando resistências profundas que a bíblia chama amargura da alma. As consequências serão nefastas, atingindo relacionamentos e até se afastando de Deus. A amargura é tão grave que é comparada a um câncer; em estado pior porque é contagioso, contamina o ambiente, rompe amizades, casamentos e relacionamentos familiares. A Bíblia nos trás essa advertência: 'Cuidem para que ninguém se exclua da graça a de Deus, nem alguma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos' (Hebreus 12:15 NVI).
Reconheçamos e expressemos nossas emoções irônicas desde que nos responsabilizemos por elas. Ao invés de atacar alguém quando se sentir ofendido, seja franco expresse-se usando sempre o pronome pessoal; evite usar a palavra você, exemplo: ”Você é a causa de eu estar sentindo ....”, diga: 'Eu me senti magoado ao ouvir isso....'. Mesmo se sentindo ofendido a reação sempre deverá ser: 'apesar disso, eu te perdoo'. Essa liberação imediata fecha a porta para alimentar a ira e criar raízes para o ódio e a amargura.
Pérolas para a vida. ..
“ ²Sonda-me,
ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê
se em minha conduta algo que te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno” Salmos
139:23,24
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