Dando sequência ao tema 'O Fim da Igreja' lições profundas abordadas no Seminário Teológico que participei com o tema empolgante 'O Fim da Teologia'. No tema anterior "O Fim da Igreja I, fizemos uma conexão com " A Igreja Contemporânea - Geradora de Amor, Esperança e Oportunidades ( a disposição nesse Blogger Meditações)
O tema "O Fim da Igreja II' ( finalidade e propósito) faremos uma outra conexão com a seguinte abordagem: 'Qual o papel da Igreja frente a grandes demandas dos que a procuram? Trazendo para o campo da Teologia que chega na ponta, na necessidade do pecador. O pecador precisa saber e desfrutar dos benefícios dessa mensagem: " Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação" 2 Coríntios 5:19
Trazendo para o campo da Teologia prática o seminário trouxe clareza que a Igreja precisa atuar em duas dimensões, uma completa a outra: a missão profética ( cumprir o IDE) e a missão pastoral. A missão profética está revestida de autoridade divina de condenar o pecado, defender a justiça e o juízo; um chamado ao arrependimento, santificação e na defesa da fé; a missão pastoral tratar os feridos vitimados pelo mundo. Na parábola do bom samaritano o Senhor Jesus faz uma aplicação do papel do Evangelho da Graça que cura e cuida ( Lucas 10:25-37).
A pergunta mais atual é: A Igreja local tem ciência das demandas da comunidade que está inserida? Uma pesquisa Americana ( publicação no Livro A Cura das Memórias) perguntou para 4000 pessoas frequentadores de Igreja a seguinte pergunta: O que as pessoas querem de seus pastores através de seus sermões? O resultado da pesquisa foi:
- 50% das pessoas gostariam de ouvir mensagens que tocassem em assuntos pessoais. Como: futilidade da vida, insegurança nos relacionamentos pessoais, solidão, problemas conjugais, efeitos do álcool, falsas ideias sobre religião e moral, sentimentos de culpas e frustrações, outros. Para atender essa demanda a nossa Igreja criou a Escola da Familia, aplicando cursos da Universidade da Família. Nesse semestre já temos próximos de 300 matriculados em diversos cursos. No dia 13 de março teremos nossa aula inaugural.
- 25% das pessoas entrevistadas se interessavam por problemas familiares, função dos pais, criação de filhos, conflitos nos relacionamentos. Temos muitos profissionais qualificados em nossas Igrejas que podem oferecer esses serviços, aplicando seus dons e talentos. A nossa Igreja criou uma Fundação, um braço da Igreja para amenizar o sofrimento de pessoas vulneráveis, desassistidas, com assistência material, saúde, psicológica e espiritual.
- 25% das pessoas demonstraram interesses em questões religiosas e espirituais. Em nossa Igreja temos a Escola de Discípulos, com mestres qualificados para atender essa demanda exigente e necessária para uma Igreja forte e robusta nas Escrituras.
Aprendi no Seminário Teológico que o fim da Igreja é ser uma Igreja que viva a prática do amor do bom samaritano. Não ser conhecida como uma Igreja apática. Que seja reconhecida como uma Igreja que viva uma imersão dos dramas da comunidade onde está inserida. Minha observação pessoal, de décadas de vida cristã, a Igreja vem cumprindo razoavelmente esse papel da missão profética; as vezes praticando alguns excessos em ser implacável em julgar e condenar. Falo com tremor, deixamos muito a desejar na prática de amar e tratar os feridos que chegam vitimados pelo mundo. As estatísticas são assombrosas, do grande número de crentes que abandonaram suas congregações. Muitos chegaram na Igreja machucados pelo mundo. O que é triste que muitos saíram, de suas congregações, feridos pelos seus lideres e seus irmãos de fé. Tenho exemplos na minha própria família.
Já ouvi citações fazendo a seguinte comparação em muitas comunidades o número de Igrejas só perde para o número de farmácias. Ambas tem em comum o tratamento de enfermidades. Perdemos nessa competição. Gastam-se mais com medicamentos que com o Reino de Deus. Nas últimas quatro décadas houve um numero explosivo de divórcios, - isso incluindo as Igrejas, aumento de violência sexual a mulheres e menores, aumento de viciados em álcool e drogas, redução do padrão moral, disciplina e senso de responsabilidade.
O que demoramos admitir como Igreja que uma boa parte dessas pessoas estiveram entre nós, alguns desses até filhos de lideres cristãos. Retornam ao ambiente do mundo, doentes, muitos saem amaldiçoados, condenados pela própria religião. Seus gritos de dor estão ecoando em seu interior: ' não me levem a uma Igreja'. Com tristeza e choro me incluo nesse arcabouço religioso. Os exemplos estãos a nossa frente. Fui ao barbeiro dias antes de escrever esse texto. O que ouço do meu barbeiro? Surgiu a conversa religião. Com uma postura brusca demonstrando um coração ferido, disse-me: 'se dependesse de mim eu acabaria com todas as Igrejas'. Continuou, justificando: ' tenho na minha família parentes de todo tipo de religião. Quando nos reunimos, em família, só sai discussão cada qual defendendo sua religião. Não dá pra nos reunir e ter momentos prazerosos em família". Isso não é bem familiar?
Para não delongar, só acrescentaria que o Fim da Igreja é ser Jesus, no mundo. Vamos criando um emaranhados de regras, preceitos e estruturas eclesiásticas, que mais captura reféns que do atrair pessoas a Cristo ( Isaías 28:13). Parecido a uma teia de aranha. Quem entra no esquema é subjugado não consegue sair. Quem consegue se libertar sai machucado pela religião, não deseja mais retornar. Precisamos ser uma Igreja terapêutica, uma Igreja Tetelestai!
SENHOR! SARA A TUA IGREJA.
Pérolas para a vida....
" E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o Dia" Hebreus 10:24,25
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