”... Porque, a nossa luta não é contra o
sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os principados e potestades, contra os
dominadores deste mundo tenebroso. Contra as forças espirituais do mal...”
(
Ef. 6:12)
Não
tem como negar os conflitos conjugais
e familiares são inevitáveis em qualquer
família, independente de sua condição cultural, social e religiosa.
Não existe família que não passa por situações de conflitos.
O que existe são famílias bem estruturadas que administram com êxito os
conflitos quando eles surgem.
Também não existe casal que nunca discute. O casal que disser que nunca brigou,
presume-se que se encaixe em uma ou mais
dessas possibilidades: a) não está
casado há muito tempo, está na fase da
lua-de-mel; b) ainda não se conhecem muito bem um ao outro; c) não conversam questões do quotidiano,
francamente; ou, e) não são
transparentes, vivem uma mentira.
Os conflitos conjugais passam por vários estágios. Em cada um desses
estágios há uma tensão que envolve reestruturação, reorganização familiar, para
eventos, como: mais um quarto com a
chegada de um novo bebê, início escolar,
faculdade, casamento dos filhos, viagens, velhice, etc.
Independente
do estágio em que se encontra a vida conjugal, o conflito toma maiores
proporções quando os cônjuges estão estressados, por conta de acúmulos de situações não
resolvidas, enfermidades, dificuldades financeiras, questões familiares, frustações
na carreira, etc.
Uma
pesquisa ( fonte: Gottman 1994, extraído do livro A Família pg. 236)) indica
diferenças fisiológicas na maneira como homens e mulheres lidam com os
conflitos. “ Os homens tendem a ser mais
afetados negativamente do ponto de vista psicológico por conflitos demasiado
emocionais. Os homens precisam de pelo menos 20 minutos para se acalmar antes
de conseguir lidar de forma adequada com o conflito. Descobriram também que a
partilha do poder tem efeito benéfico sobre a reação hormonal das esposas, mas
não parece afetar a dos maridos. Tanto os homens quanto as mulheres são
afetados psicologicamente pelos
conflitos e devem dar os passos necessários para resolvê-los”.
QUATRO GRAUS DE CONFLITOS E OFENSAS ( Anne Borrowdale 1996)
1º- PEQUENAS OFENSAS DO
QUOTIDIANO FAMILIAR
São
pequenas ofensas que podem ser perfeitamente administradas. Mas, quando se repetem com certa
regularidade é preciso lidar com a irritação acumulada. Alguns exemplos: chegar atrasado nas refeições, largar roupas
sujas no chão, deixar bagunçado o quarto, irritação no trânsito, briguinhas entre
irmãos, etc. Esses eventos vão se acumulando,
uma hora vai explodir. Pequenas
correções, pedidos de desculpas e perdão, são simples gestos que aliviam as tensões diárias.
2º- ATITUDES ATIVAS E
PASSIVAS QUE CAUSAM OFENSAS AO OUTRO
Atitudes como: usar palavrões, transmitir uma
mensagem de desvalorização, omitir-se
diante de um fato conflitante, tomar partido em favor de um filho tirando a autoridade do cônjuge. São atitudes que devem ser reconhecidas como
ofensas, mesmo quando feitas por ignorância. Tais ofensas, precisam ser reparadas por meio do perdão, se
for o caso retribuição do ônus ou punição.
3º- MAUS TRATOS FÍSICOS,
SEXUAIS OU EMOCIONAIS
Seguramente
essa é uma das atitudes mais perversa.
Se o ofensor não estiver suficientemente consciente da profundidade do dano
pessoal infligido, não se arrepender sinceramente, não
pedir perdão pelo que fez, não
promoverá a cura na vida de quem foi ofendido.
( Tiago 5:16).
4º- TOLERANCIA COM UMA
SOCIEDADE OPRESSSORA E NEGLIGENTE
Quando
a família falha na sua missão de proteger e promover, a sociedade negligencia no
papel de formar cidadãos íntegros, o
estado falha no seu papel político e social e a igreja falha na sua missão de
proclamar o Evangelho da reconciliação,
chegamos ao mais profundo do poço, no sentido
moral, ético, social e
espiritual.
Os
conflitos neste estágio tomam dimensões gigantescas e foge do controle. As pessoas vitimadas pela opressão e pela
negligência, não terão motivos para acreditar no amor, na prática do perdão,
nas soluções de seus dramas. Contudo, a
cura pode vir por meio do poder da fé,
que dá aos vitimados uma capacidade extraordinária para perdoar as
injustiças e ofensas contra elas e
construir um novo destino.
Pense
nisso:
Nossa
responsabilidade, na família, como cidadãos e cristãos, de lutar pela paz a qualquer
custo. A Bíblia diz que devemos resolver
os nossos conflitos antes que o sol se ponha. Que perdoar é uma questão de obediência. Que a omissão e negligência são pecados tão
graves quanto roubar, matar e defraudar.
Por amor a Cristo!
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